quinta-feira, 16 de abril de 2009

Perguntas Existenciais


Sempre me pergunto porque o ser humano tem perguntas que nunca esquece, principalmente porque talvez nunca irá encontrar uma resposta que seja realmente aceitável. Quem é deus?, Porque jovens morrem? O que é felicidade?
Nós seres extremamente rebelados contra o tal destino, buscamos avidamente uma resposta racional, ao que a meu ver, a razão não abarca.
Por sugestão de um professor assisiti na segunda um filme de Mike Leigh, um cineasta que gosta de discutir o cotidiano ( mais um humano revoltado). Até então era desconhecido pra mim, porque fora Sir Alfred Joseph Hitchcock, nunca tive muita empatia com cineastas ingleses. E aparentemente mantenho a opinião.

Simplemente Feliz, é um filme, meio água com açucar que tem poucos pontos altos. A discussão batida do que venha ser felicidade torna o filme massante ( veja bem eu achei, tem gente que conseguiu até fazer reflexão de vida com ele). Poppy a persoagem principal vivida pela atriz Sally Hawckins é uma trintona com complexo de peter pan que faz uns péssimos trocadilhos na intenção de dizer que está sempre muito bem humorada. Inevitavelmente não pude deixar de lembrar da música do Oswaldo Montenegro que diz: " Ah todo chato é bonzinho, não como evitar, todo chato é calminho, como se faltasse sal... Ah todo chato te conta aonde passou o natal e sempre te dá uma dica de onde ir no carnaval" . O Filme é uma sequência sem graça de diálogos-monólogos ( é isso mesmo, parece que sempre os personagens estão falando consigo ) onde a melhor cena é a dela com o mendigo. Cena fantástica, talvez uma das poucas que fez o filme assistível. Quase não há falas, mas no silencio dos personagens e na repetição do diálogo há uma circularidade na comunicação onde ambos se entendem e nós que vemos o filme entendemos mais ainda.
Li em uma crítica que o tema proposto por Leigh é claro e límpido. Não acho. Pra mim ele usa uma lente idiossincrática muito forte na construção de Poppy. Ele diz ainda em outra entrevista que Poppy é um espirito livre , e a pergunta é livre de que? Que concepção de liberdade é essa? Porque ela está fora dos tais padrões ela é livre? E a prisão que ela constroi ao redor de si, ao criar um mundo a parte onde ela nega pra si a realidade presente em seu cotidiano. Poppy apenas se eximiu de lidar com suas próprias limitações enquanto ser humano. Não há equilíbrio em Poppy, portanto ela apenas é o espelho dos outros personagens com quem ela é comparada.

O Filme creio, não deveria tratar de felicidade mais sim de percepção do outro. Talvez a única coisa interessante na mal vestida Poppy, seja o fantástico senso do outro que ela tem. E penso que ser for para discutir a tal pergunta filosófica : O que é Felicidade? Então creio que devia-se partir dessa percepção do outro que Leigh apresenta. Nem imagino se essa era a real intenção dele (só vendo outro filme pra saber), mas buscar na existência do outro o entendimento da própria felicidade, creio, seja o melhor caminho. Impossivel entender felicidade cultivando o egoismo e o orgulho. Assim nossa garotona do filme quando deixa de lado seu mundo de flores de papel, talvez enxergue bem o que é ser feliz e nós espectadores também.

domingo, 5 de abril de 2009

Flores Negras

















Queria que minha boca se abrisse

E derramasse coisas do coração

Tal cascata de flora límpida

A refletir meus desejos e sentimentos por ti

A pena transcreve a torrente emocional que

Invade o pequeno peito

E sobrepuja à pobre boca calada

Que ameaçada pela cabeça, superego repressor

Bloqueia

Falo dos cantos dos pássaros e auroras que ouço e vejo

De uma bela tarde de primavera de uma vida passada



Do peito a respirar compassado eu e tu

Entregues ao amor que agora amado

Num silêncio de prece

Entrega-se um ao outro sem medo

Apenas suspiros de corações apaixonados

Que exalam, inspiram, expiram...

E o olhar doce , que não esconde mentiras

Ou o beijo que sela as palavras da alma

Que por milhas, anos, milênios o segue

E expia , e ama.

Velozes sentimentos que recaem em nós

No momento de olhares cruzados

De lembranças de outrora

E agora ali no momento presente

Face a face

O beijo terno sela e perde-se no tempo

E novamente, mesmo diante da espera

O reencontro que se produz

É de beleza eterna.

E a ti entrego o amor que me aquece

Amar, a cada um como se único fosse

Como flores negras , exóticas, suaves e místicas

Flores que encobrem o corpo

Que perpetuam o beijo

Posto que naquele momento

O grande desejo

É que um minuto eterno fosse.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Rir ...


Depois de mais de um mês sem postar, estou de volta.

Atualmente minha atenção tem se voltado a questão do riso. Procurei por vários objetos de estudo ligado ao riso e ainda assim, fico na dúvida, se por acaso estou no caminho correto.
De qualquer forma deixo logo abaixo um pequeno poema reflexivo sobre o assunto.







A Risada

São estardalhaços feitos
que deformam a cara ja horrenda
Estão presentes no cotidiano,
cheiram a suor, a terra, sacodem todo o corpo
numa convulsão bizarra.
O alívio que vem logo em seguida, dá-nos a idéia do deleite pós sexo.
Substituiria ele então?
Será que é melhor rir do que trepar?

Porque não fazer de ambos o prêmio máximo do dia.
Talvez eu entenda as prostitutas populares agora.
Talvez as pombas giras e ciganas dos terreiros
estajam nos dando esse recado.
A risada que mais parece o roçar de ferros num escatológico desatre de carros, também é a derradeira mensagem da felicidade popular.
Pobres eruditos, nunca aprenderam a rir. Estão presos em seu sexo bem comportado, ou em sua careta séria.
Quando não aguentam descem aos guetos escuros, transformam-se em ratos e buscam os prazeres da rua na noite escura.
Pobres ratos, que infeliz comparação!

Então aqui só posso terminar de uma forma.
deformando o rosto, numa gaitada estrondosa de pilhéria contra o que é formal e padrão.
BlogBlogs.Com.Br

domingo, 1 de março de 2009

Esquecimentos cotidianos






Havia me esquecido de escovar os dentes. Era ja tarde da noite. Quando percebi isso e percebi também que ao longo do dia esqueci milhões de coisas. Hiperbolismos à parte, colocando na balança são muitas as coisas esquecidas. Meu companheiro me perguntou se lembrava de um assunto. Esqueci. Esqueci de comprar o leite quando fui compra-lo na mercearia. Esqueci de orar pelos mortos no acidente de carro de ontem. Esqueci de pensar sobre a educação brasileira. Esqueci de comprar gengibre na feira. Esqueci de dar tchau para minha mãe que foi viajar.Esqueci do que comi no cafe da manhã e da aula de espanhol da semana passada.
Me perguntei então do que lembrei e porque me lembrei dessas coisas e não de outras. Não pude obter uma resposta satisfatória. Talvez a tenha esquecido também....

domingo, 25 de janeiro de 2009




Reflexões sobre Cultura
The Show Must Go on

Estamos rodeados pelo espetáculo. Como se não bastassem as grandes produções de TV e cinema, a vida cotidiana tornou-se um show vendável. “ O show da vida”, ganha vigor e cores com tratamento digital nas mesas de corte, nas cotas dos patrocinadores, nas páginas de jornais que religiosamente nos sabatinam com “ Fato e Fotos” bastando “dar uma espiadinha”. Vivemos a semiótica do neomundo onde o consumo é extremo e o uso descartável. As culturas a bem da verdade quase não são mais apreciadas. Na não tão nova lógica da antropofagia moderna, ela torna-se prato de glutão. Comemos, mas não digerimos. Não há tempo para reflexão, o que é engolido é regurgitado. No final das contas não há mesmo é tempo.
Segundo Douglas Kellner (2001:9), “ as narrativas e as imagens veiculadas pela mídia fornecem os símbolos, os mitos e os recursos que ajudam a constituir sua cultura comum para a maioria dos indivíduos em muitas regiões do mundo de hoje”. O Obi combinado com o jeans surrado e o sapato Prada podem cair bem. Comemos Kibe no fast food e ouvimos gaitas de folie no show de gothic metal de uma banda alemã.
Criamos símbolos e mitos que duram semanas se alimentados pela mídia. Quando naturalmente não seriam nada. Em busca de um consumidor que tem sua marca, a industria cultural se apropria de tudo e incentiva o individualismo. Qualquer coisa pode estar no auge. Trata-se no fundo de uma pedagogia cultural que vem nos ensinando como melhor consumir este modelo que se mostra ilusoriamente democrático.
Teorias e mais teorias são criadas para tentar socorrer os débeis náufragos desse extenso mar que é o “caldo da cultura”. No entanto a teoria pós-estruturalista de Derrida, Deleuze, Lyotend e outros, deu-nos a luz para o fato de que qualquer teoria trata-se apenas de um novo constructo que se em alguns casos responde a uns, cala a outros, a semelhança de bichos que perdem-se se retirados de seu território marcado.
“ A cultura é como a vida . Sua tendência é crescer, desenvolver-se proliferar “ (Lúcia Santaella, 2003:29). A cultura da mídia tende a valorizar o indivíduo que particularmente não vejo como assassino da cultura, mas sim as discussões sociais que ele recusa a participar. Ás vezes temos o pressentimento de um mundo totalmente controlado, a realidade da matrix de Gibbson. As opções são muitas mas não há interação. É como estar numa festa solitária com uma mesa farta de possibilidades , mas não há com quem comentar. Onde estão as novidades? As misturas talvez não sejam possíveis. “ A infelicidade dos consumidores deriva do excesso e não da falta de escolha” ( Bauman, 2001:75)
Narciso é o novo guru do século. A sociedade vive a era dos espelhos e a cultura é dirigida pelos pavões. Existe produção cultural de qualidade? Evidentemente, para quem olha além do espelho. Pra quem visita “ a outra margem do rio “ pode-se revelar o “underground” ou o “underworld”, ou mesmo o periférico.
Do outro lado do Stige, a marginalia sobrevive até que o bicho capital o cace ou o convide a jantar. O homem observa o mundo de acordo com uma ótica particular. A cultura é a lente com a qual ele efetua esta observação. Lentes diferentes produzem diferenciadas imagens. Este individuo participa de forma identificada em sua cultura, mas ele entende sua própria identidade? Ao deixar de olhar pra si e ver o,outro, ele será capaz de reconhecer a totalidade da expressão de seu par.
O espetáculo tem que continuar. Hoje o corpo está plugado, Masamune Shirow que o diga! Logo o espetáculo estará em nós. Não algo a parte, mas dentro de nossas mentes. Um espetáculo individual. E onde estará a cultura? Será um mix de um tanto de coisas que no final virão um mingau que não se identifica de onde vem? Ainda não fomos homogeneizados, mas não queremos virar o rosto para olhar os lados.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Algumas coisas sobre as imagens




















A pintura quatrocentista regida por conceitos de simetria de funcionalidade era conhecida pela imagem calculada, arquitetada, conceptualizada e construída. Primando pela objetividade, a imagem renascentista fugia da subjetividade humana e respondia bem a investigação científica e ao uso de “máquinas”.
A era digital, marca o retorno dessa imagem objetiva, que tende ao desejo renascentista da imagem puramente conceitual, já que os algorítimos de visualização permitem a construção de universos abstratos puramente matemáticos. No entanto a imagem sintética ainda sofre com a utopia do total controle do visível, obsessão dos renascentistas. O realismo praticado por essa imagem é fruto da lógica matemática e não da percepção do mundo real. Ainda mais calculadas, coerentes e formalizadas que as imagens renascentistas, as imagens digitais ganham um certo realismo que de alguma forma dá continuidade ao princípio do registro fotográfico. De certa forma, os algoritimos de visualização permitem restituir sob forma visível e perceptível as abstrações matemáticas, ao mesmo tempo que descrevem numericamente as imagens.
Segundo Baudrillard (1992) é a imagem que tem se tornado cada vez mais virtual e distante do real. Não se opondo a ele, mas aos ideais de verdade que existem. A imagem hoje é nada mais que uma forma de controle do tempo, pois o “real”, sempre vai sofrer alterações a partir de uma nova leitura, seja ela feita através de uma nova tecnologia ou de um novo pensamento. Nesse caso nem a realidade factual estaria preservada por causa da maleabilidade do processo de digitalização.
Segundo Arlindo Machado (2001;p.15) “ o artista da era das máquinas é, como o homem de ciência, um inventor de formas e procedimentos; ele recoloca, permanentemente em causa as formas fixas, as finalidades programadas , a utilização rotineira, para que o padrão esteja sempre em questionamento e as finalidades sob suspeita.” Acredita-se que a moderna produção tecnicamente mediada, pode interferir diretamente nas formas de percepção da imagem, sendo ela cada vez mais ágil e mais facilitada em sua execução. No entanto o feitio da obra artística, ou melhor do duplo da imagem, ainda continua subordinado aos vários aspectos da percepção que o ser humano – alvo da obra – deve ter. A máquina realiza o trabalho, mas cabe ao artista o trabalho intelectual e a atividade imaginativa e ao público a identificação da obra.
O aspecto abordado aqui refere-se a todo esse entendimento de como o Moderno é subvertido pelo pós-moderno e como este age no processo de criação e percepção do mundo. Para Touraine (1999; 17) “ A modernidade não é mais pura mudança, sucessão de acontecimentos, ela é difusão dos produtos da atividade racional, científica, tecnológica e administrativa.” Eleanor Hertney (2002; 6) completa afirmando que “o pós modernismo ... é inconcebível sem o modernismo. Pode ser entendido como reação aos ideais do moderno...” . Podendo ser apontado como ícone da pós-modernidade, a imagem sintética, rege-se justamente pela simulação do mundo e não sua apresentação racional ou científica. Sua formação, possível pela revolução tecnológica, subverte a ordem da realidade e do palpável, como afirma Baudrillard (1991; 8) “a simulação de um território, de um ser referencial, de uma substância. É a geração pelos modelos de um real sem origem nem realidade : Hiper-real.”

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Provérbios



Foto Patrick Demarchelier














Um dia para se dizer tudo o que deve ser dito
Não seria um dia único
Seria uma onda marulhada de espuma
De uma ponta a outra
De encobrir
De uma duna a outra

Seriam dias difíceis
Onde um galho sem flor seria o tema
De um poema ou citação
De uma nova consideração

Idéias do cotidiano
Que nem nos importavam tanto
Quando claro, não falavam de mim
Mas falam de um povo

Não eram apenas palavras
Eram conceitos
Mensagens do novo, velho

De respeito, reflexão, de medo ou mistérios guardados e sem fim.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

O Grande Telefone de Lata













Se observarmos diversas crianças em tempos ou locais diferentes, veremos que determinadas brincadeiras são iguais. A rua, antigo espaço de convivência, era o palco das diversas formas de comunicação que o homem possue. Interessante como apesar das distâncias ou das barreiras lingüísticas, essas mesmas crianças fazem e participam desse processo de expansão do imaginário infantil, seja consciente ou não. Com o passar dos anos, as grandes cidades construídas para as máquinas, matam esses espaços de convivência, restando a criança, apenas a frigidez de salas de aulas abarrotadas, de professores que apenas preocupam-se com letras bem escritas e palavras bem faladas e esquecem-se do aprendizado obtido na rua, onde todas as informações são apreendidas e recicladas, não importando a língua, o credo ou a cultura a que se pertença.
A boa e velha brincadeira do telefone de lata, permanece em nosso imaginário, como símbolo da possibilidade da comunicação infantil( Ainda Ontem vi um na tok Stok para ser vendido, e custava R$ 35,00 reais). Seja de copo plástico e barbante, ou com fio de cobre e lata “ para ouvir melhor e mais longe...”, um sem número de crianças viabilizavam suas conversas a distância com o tosco mecanismo. Tinha-se a ilusão da tecnologia, mas um dos itens fundamentais a comunicação estava lá: A fala. Recoberta pela imaginação, pela nítida sensação de que não era necessário estar do lado do colega para brincar, a comunicação rompia a fronteira do imediato visual, era possível comunicar e brincar a distância.
Quando pensamos em redes de comunicação, acabamos nos deparando com esses pequenos seres, que através da brincadeira, do jogo, se relacionam de uma forma tão eficiente que suas informações ultrapassam os anos, as fronteiras ou mesmo o velho muro que separa os vizinhos, e logo passam a fazer parte do imaginário coletivo. A comunicação infantil consegue uma eficácia, tão própria, e tão precisa, que além de socializar o conhecimento ela o perpetua pelas gerações.
As crianças são articuladores natos. Se fosse a elas dada oportunidade de apropriar-se das novas tecnologias de comunicação, elas apenas gerenciariam toda a gama de informação que possuem. Basta observar o dia a dia; são elas que dominam a linguagem da internet. O novo, passa a ser o grande impulsionador dessa busca incansável de informação. Cercada por um mundo elétrico e eletrônico, sua mente pulsa conforme o ritmo alucinante dos BIT´S. É preciso contato com outros seres, todas as experiências humanas, não poderão ser passadas apenas pelas teclas do computador. A comunicação é exigente, ela pede contato, pois se alimenta do que vê, ouve , fala e sente.
A formação de uma rede infantil de comunicação, parte do princípio simples, que comunicar é uma grande brincadeira. A comunicação deve ser prazerosa tanto a quem recebe, quanto a quem emite. A criança, não pode ser deixada de fora desse processo de mundialização. Afinal, elas não estão presas ainda as idiossincrasias do mundo adulto, estando muito mais abertas a descobrir no “outro” uma gama de informações que passa desapercebida ao adulto. É preciso que ela perceba que às vezes suas dúvidas são as mesmas que uma criança japonesa, ou mesmo que a discriminação que uma criança negra sofre nos E.U.A. não difere muito da que recebe a criança africana ou brasileira. A ótica infantil é especial, portanto deve ser respeitada e fomentada. Olhar e ouvir como uma criança é estar aberto a esse processo de criação do cidadão do mundo. Alimentar hoje uma rede infantil de comunicação, é viabilizar para o futuro um processo comunicacional democrático, que terá bases para se auto-sustentar. È preciso lutar contra a monocultura. A diversidade é fundamental para o engrandecimento dos povos. Chega um determinado momento que é preciso buscar revitalizar a cultura, senão as esta estará condenada a implosão. Ninguém melhor que as crianças para gerenciar estas mudanças.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Retrospectivas









Sempre penso nos anos passados.
Há conclusões que não quero chegar
há momentos em que ao olhar pra trás
vejo erros incontornáveis.

As retrospectivas, às vezes trazem lembranças
que em primeira ordem gostaríamos de esquecer.
Mas há também as boas lembranças.
Mas a gente quase não se lembra dela.
Pra que?
Com coisa boa, não há reclamação,
ninguém bate a mão no seu ombra e diz pobrezinho.
Você não é o centro das atenções e Nem pode chorar
por sua própria ignorância ou mesquinhez.

Meu desejo para esse ano
è que todos possam não fazer
retrospectivas, mas que possam assumir que
precisam do outro, sem usar de chantagens.

Prefiro não ter restrospectivas.
Prefiro ter memórias...