domingo, 5 de abril de 2009

Flores Negras

















Queria que minha boca se abrisse

E derramasse coisas do coração

Tal cascata de flora límpida

A refletir meus desejos e sentimentos por ti

A pena transcreve a torrente emocional que

Invade o pequeno peito

E sobrepuja à pobre boca calada

Que ameaçada pela cabeça, superego repressor

Bloqueia

Falo dos cantos dos pássaros e auroras que ouço e vejo

De uma bela tarde de primavera de uma vida passada



Do peito a respirar compassado eu e tu

Entregues ao amor que agora amado

Num silêncio de prece

Entrega-se um ao outro sem medo

Apenas suspiros de corações apaixonados

Que exalam, inspiram, expiram...

E o olhar doce , que não esconde mentiras

Ou o beijo que sela as palavras da alma

Que por milhas, anos, milênios o segue

E expia , e ama.

Velozes sentimentos que recaem em nós

No momento de olhares cruzados

De lembranças de outrora

E agora ali no momento presente

Face a face

O beijo terno sela e perde-se no tempo

E novamente, mesmo diante da espera

O reencontro que se produz

É de beleza eterna.

E a ti entrego o amor que me aquece

Amar, a cada um como se único fosse

Como flores negras , exóticas, suaves e místicas

Flores que encobrem o corpo

Que perpetuam o beijo

Posto que naquele momento

O grande desejo

É que um minuto eterno fosse.

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