
Foto de Spencer Tunic
Três momentos
1º momento
Não é da morte que se faz o dia
Não é da fé o desamor ardente
Somos sabedores da humanidade pagã
Somos deuses, e não nos damos conta disso
Seres inimagináveis a percorrer universos
Calma... eis nossa doutrina
Procuramos o vácuo no inócuo
Eis nossa sina maldita
Pois maldita é a lama que surge e repudia a alma
Corpo da qual é feita
Grandes são os desejos
Éis louca e maldita ... a glória
Danças nos sinos da concórdia tua e flutua em tua alma a inconciência inútil...
2º momento
Fracasso dos fracassos
São os ideais de todos
Luta após luta, dia após dia
Maldita é a carne impura a dominar-me
Esses são os deuses , e é a eles que oramos
Esta é a glória maior.
Afunda-te na tua lama e lambe o resto ferido de teu espírito
Afaga teus sorrisos e acaricia teu corpo
Nojo de sedução carnal avança passo a passo
Para a salvação de tua alma branda
3ºmomento
Esta noite é derradeira
Nela criei meu inferno
Meu caos
E na catarse de meus sentidos
Grito teu nome impuro em oração elevada aqueles que crêem
E a morte a espreitar-me
Felina e furtiva, festeja a iminência do caos
Murmúrios e lamentações que invadem todos os sentidos e causam o desespero , a loucura, a doença
Alma negra que se rasga perdida
O anjo de asas negras
Na noite fria a lamber as próprias feridas em busca de cura
Este é o sentimento derradeiro,
O inferno , o caos., o fim dos momentos...
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