quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Bem às vezes me parece impossível conseguir um espaço pra que as pessoas possam ler o que escrevo. Essa deve ser a 4ª tentativa, quem sabe eu a leve mais a sério... Para iniciar este espaço, posto um poema feito em 92, que gosto muito.

O tempo passa

O tempo passa não passa

Vi isto uma vez num poema

Já nem me lembro o tema, o compasso, a rima

Mas tenho que concordar que o tempo passa

Não passa?

E olhando para as folhas caídas

Tento me lembrar de quando estavam, lá em cima

No último galho

E agora no chão

Certo é o destino de quem o busca

Sabendo aonde se começa

Inevitável é o chão que se termina

Os entremeios a isso

De nada valem.

Apenas o vento é o soberano rei

A ordenar as flutuações constantes do mundo.

Vemos gerações que se sucedem

Sobre a terra

E nada há de existir

Mais complexo que a contração e retração do Universo

A geração e a morte de tudo que um dia existe

E perde-se no eterno das vozes interiores.




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