O tempo passa
O tempo passa não passa
Vi isto uma vez num poema
Já nem me lembro o tema, o compasso, a rima
Mas tenho que concordar que o tempo passa
Não passa?
E olhando para as folhas caídas
Tento me lembrar de quando estavam, lá em cima
No último galho
E agora no chão
Certo é o destino de quem o busca
Sabendo aonde se começa
Inevitável é o chão que se termina
Os entremeios a isso
De nada valem.
Apenas o vento é o soberano rei
A ordenar as flutuações constantes do mundo.
Vemos gerações que se sucedem
Sobre a terra
E nada há de existir
Mais complexo que a contração e retração do Universo
A geração e a morte de tudo que um dia existe
E perde-se no eterno das vozes interiores.
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