sexta-feira, 30 de abril de 2010

Altos e Baixos


Da minha última postagem até hoje... ( Já tem um tempo) tive que passar por alguns altos e baixos. Cirurgias, Marido na UTI, incertezas pessoais enfim. Uma gangorra emocional. Tempo para refletir sobre alguns tópicos. Tenho muito coisa parada, ou ainda a ser feita e fico pensando no sem número de pessoas que estão na mesma situação. Engraçado como observando bem, as coisas parecem bem pequenas quando passam...
De qualquer forma tenho que tomar um rumo diferenciado e fico imaginando quie rumo será esse... Reflexões que podem realmente mudar uma vida, ou podem não fazer diferença alguma, um mero pensamento que passou. Observo os noticiários e me parecem uma série de repetições.. mais do mesmo... onde devemos nos encaixar então se tudo parece um repeteco sem fim?
Escrevi esse poema pensando nisso e tentando achar uma reposta...


Se subo fico tonta
não há nada de correto em querer galgar o penhasco sem cordões
Mas a vida nos impele ao impossivel, ao improvável
e quando fechamos os olhos e os ouvidos ao tal bom senso
talvez até façamos maravilhas...

Se desço fico cega
Não posso chegar além do fundo do poço
e de lá dizem só posso olhar para cima
Mas onde é em cima?

Se subo me satisfaço
porque tudo que acredito e que acho precioso
só pode estar nos céus.
Não pode existir na ravina ou no precipício.

Se desço desconeto de mim mesma
porque nunca me vi num pote de margarina
me vejo no vidro de perfume no alto da prateleira
nunca guardada na geladeira ou no freezer.

Então porque não estou no meio?
porque mesmo que eu pense querer ainda não encontrei em mim equilibrio para manter os pratos alinhados.

terça-feira, 2 de março de 2010

O tempo passa, Não passa?











Depois de quase um ano sem escrever, retorno a este blog como uma forma de tentar me disciplinar. Talvez dê certo talvez não, mas será mais uma tentativa. Nesse perido que fiquei ausente, engravidei, ganhei um filhotinho chamado Yan, frequentei hospitais mais do que eu gostaria e vi amigos queridos passarem por apuros.

Hoje mesmo vi no jornal uma noticia por demais triste. Morreu o Palhaço Palito, o Mauricinho. Era um cara bacana e a primeira coisa que me veio a cabeça foi que a perda de um palhaço se equivale a perda de uma fada. Com o agravante de que se batermos palmas ele não voltará. Vítima da violência urbana, Mauricio que nem era marginal, morreu com 6 facadas. Não bastava uma. Foram 6 que era pra garantir o defunto. 

Quando penso na simplicidade de Palito, no seu trabalho como educador e " alegrador", penso que o mundo deveria respeitar mais os palhaços. Uma tristeza se abadeu sobre mim nesse dia chuvoso. Parece que também o céu chora a ausencia desse artista. Um ponto a menos para a cultura, um a mais pra bandidagem. Espero que nem palhaços, nem pais de familia ou mesmo crianças como a minha, seja vítimas desse desapego a vida que envolve a nossa sociedade.

Espero poder ensinar ao meu filho recém nascido a respeitar a vida e a amar os palhaços. 

ADEUS PALITO!